Daniela Aquino

Daniela Aquino
Artista Visual, Performer, Percussionista, Musicista e Bordadeira.

Daniela Aquino é uma artista multidisciplinar formada em Comunicação das Artes do Corpo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Durante sua graduação, foi laureada com o prêmio de iniciação científica pelo CNPq, destacando-se com o projeto “Multiplex Code, corpo cotidiano e processo ritual”.

Sua trajetória artística é profundamente enraizada nas manifestações culturais de matrizes africanas, com ênfase nas mitologias yorubá e bantu. Daniela explora essas tradições por meio de instalações musicais e artes visuais, utilizando suas criações para representar simbolicamente a cultura afro-brasileira.

Desde 1998, atua como artista educadora, desenvolvendo projetos de cultura popular com crianças e jovens. Daniela possui vasta experiência em percussão afro-brasileira e afro-cubana, tendo participado de diversas apresentações em instituições como Sesc, Memorial da América Latina, Espaço Itaú Cultural e SESI.

É professora de ritmos afros diaspóricos, com especialização em Tumbadoras. Seus estudos em percussão popular foram orientados por mestres como Paulo Dias, Dinho Gonçalves e Ari Colares, além de experiências vividas em festas de tradições quilombolas.

Daniela é sócia fundadora da Associação Cultural Cachuera!, uma ONG dedicada à pesquisa e divulgação da cultura popular, especialmente do sudeste do Brasil.

Reconhecida como artista visual, Daniela recebeu o segundo lugar no 43° Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário, em 2021, com sua obra “Cosmograma Yemanjá”. Em 2022, conquistou o primeiro lugar no 44° Salão de Artes Plásticas Waldemar Belisário com a escultura “Vèvè”. No mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual, “Cosmograma”, na sala Waldemar Belisário. Em 2023, foi contemplada pelo projeto de oficina de bordado “Ideogramas: A cosmologia africana representada em bordado”, por meio do edital LPG – Lei Paulo Gustavo, no município de Ilhabela. Atualmente, integra o coletivo de bordados Linhas da Ilha de Ilhabela.

Neste momento  apresenta a sua mais nova Exposição “Dikenga” no museu Waldemar Belisário em cartaz até 2 de setembro  de 2024.

“Seus trabalhos têm inspiração na cultura da África bantu-sudanesa e em culturas dela emanadas. Nos ritos sagrados aos ancestrais, divindades, encantados, é costume desenhar-se no chão ideogramas que simbolizam e concentram suas forças espirituais. Normalmente com pemba, giz branco ritual. O Dikenga bakongo, os vèvè haitianos, as insígnias-ferramentas dos orixás e os pontos riscados da umbanda são símbolos complexos que remetem a uma ontologia africana de forças vitais. Energias vivas que emanam e irradiam por todo cosmo, da morada dos entes imateriais ao mundo dos viventes. Essa, a matéria-prima diáfana, inescrutável usada por Daniela Aquino em suas criações aqui no ayiê – pra mover forças do orun. Matéria Espiritual que ela borda na transparência plasmática do voal, matéria humana que ela alinhava no pano rude da vida negra diaspórica. Acompanhada dessas forças, Ekedi Daniela arquiteta sua vivência artístico-espiritual de brasileira africana.” Palavras de seu grande amigo, curador Paulo Dias.